quinta-feira, 22 de abril de 2010

 Quando o mal vence o bem: inversão ou distorção de valores?

 
 
http://extra.globo.com/blogs/BBB/

Dizem que um dia um bando de fariseus queria saber se Jesus incentivava os judeus a não pagarem impostos aos romanos.  Ao que Jesus respondeu: “dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Hoje ele responderia de uma maneira mais moderna: “ado, ado, ado, cada um no seu quadrado”. E Dicesar escolheu o seu quadrado. Estava convicto que seus amigos, aqueles a quem ele pagava tributo, eram o povo do bem. E o São Jorge multicolorido iniciou a partir daí sua luta contra o dragão da maldade, representado pelo povo que estava no outro quadrado. Acontece que o “povo do bem” foi caindo um a um e o “povo do mal” foi ficando, ficando, ficando. Um a um os “bons” foram caindo: Angélica, Cláudia, Elieser, Michel. A cada anjo caído, o arcanjo Dicesar, representante de Gabriel no jogo da realidade aumentada parecia não entender os desígnios misteriosos de Boninho, o deus da terra de Oz.
Será que Dicesar acreditava mesmo que estava acontecendo uma inversão de valores? Dicésar acreditava mesmo que o “Brasil” estava mantendo o povo do mal na casa por que queria ver o circo pegar fogo? Será que não passou pela cabeça dele de que a inversão de valores, o mal vencendo o bem, que ele pensava estar presenciando na verdade não passava de uma distorção de valores? Que não havia o lado do mal e tampouco a turma do bem, mas sim jogadores postados em um tabuleiro? É claro que não, por que afinal, jogar no BBB é pecado, tem que se guiar pelo coração! Mas Dicesar continuava acreditando que o jogo ia virar. Ah, desculpa, BBB para ele não era jogo. Então Dicesar continuava crendo que o bem prevaleceria sobre o mal no final, como nas novelas. Sacam, as novelas? É como a vilã Nazaré (Renata Sorrah), passou Senhora do Destino inteira dando balão na mocinha do Carmo (Suzana Vieira) e acabou empacotando lá na terra da Anamara (será que fiz bem em citar uma novela do Aguinaldo Silva?).
BBB não é novela, é jogo. A lógica é outra. Dicesar não entendeu isso (e ele não foi o único). O Brasil não quer que o circo pegue fogo só pra ver o palhaço dar risada. O Brasil quer ver jogo. Se tocar fogo no circo fizer parte do jogo, que o seja, mas tem que ter certas regras. O Brasil não faz questão de ver heróis ou vilões no BBB, deixem-nos para as novelas. O Brasil quer ver homens e mulheres jogando limpo, com inteligência, com lealdade, com humildade, com força e com honra. Então, o Brasil escolheu o seu jogador: Marcelo Dourado. E quanto a Dicesar? A Dicesar o que é de Dicesar: o Brasil calou a sua boca.
Por: Iury Accordi - http://twitter.com/_curiango (sigam-me os bons!)

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