quinta-feira, 31 de março de 2011


O sucesso do Big Brother Brasil 
Acabou mais uma edição do BBB. Sucesso? Não? A fórmula está desgastada, ou não? Esta edição começou com um índice de audiência melhor do que a edição passada e fechou com índices menores. Erraram a mão? O grupo não “deu liga”? O que houve? Sem dúvida essas são reflexões para a direção e produção do Big Brother.
Eu particularmente acho que o BBB11 foi um jogo muito bom, enquanto jogo, enquanto interação entre eles. Foi um jogo onde o carisma e empatia da campeã com o público levou a melhor em cima do preconceito. Foi um jogo que levou para a galeria dos campeões a presença de uma mulher ganhando por méritos pessoais. Na verdade no BBB10 o que levou a melhor e aumentou a audiência do programa foi a discussão da homofobia que fez com que a sociedade se envolvesse no debate levando grupos organizados a debaterem o problema na mídia. Na verdade, o jogo aqui fora foi que ganhou a audiência.
O BBB10 foi um jogo tenso fora da Casa do Projac, com muita violência expressada em todos os níveis. Já no BBB11 a discussão da misoginia foi levada mais branda até porque é um assunto mais velado. Essa idéia do desprezo pelas mulheres não tem lei que proíba. A idéia da desvalorização da mulher é tão entranhada em nossa sociedade que muitas vezes a gente nem se dá conta. Portanto, não houve o envolvimento de grupos organizados e nem tanta violência envolvida na discussão. No que se refere ao jogo da casa o grupo desta edição custou a decolar e quando o jogo ficou bom já era hora da gente ir se despedindo. Talvez o público buscasse no BBB11 o mesmo tipo de jogo que existiu no BBB10. 
No entanto, quando falamos em baixos índices de audiência a gente ainda está falando numa das maiores audiência da televisão brasileira e esse é um dado que a gente não pode descartar. Em queda ou ascensão a visibilidade do BBB é invejável. Não é de graça que a Rede Record tenta emplacar A Fazenda buscando esse público que gosta de reality. Da mesma maneira impressionantes são os números da receita do Big Brother. Segundo conta a mídia esta edição teve a maior receita de todos os tempos. Então, se está dando lucro eu não vejo como a emissora estar encarando o BBB como um fracasso.
Mas creio que eles deveriam ficar atentos, pois precisam que o interesse do público permaneça para garantir seu retorno financeiro. Em minha opinião cada ano o desafio para a direção do BBB é cada vez maior. A gente reclama da novela no Big Brother, mas o que cativa o grande público é uma boa história. O sucesso do BBB7 foi em cima de uma grande história, a história de Iris e Alemão. Novela da melhor qualidade. Inclusive com direito a Final feliz. Pelo menos no jogo. A vida real é outra coisa e não deveria ser levada em conta, infelizmente o público fica ávido de notícias após o fechamento do programa. Sofremos de nostalgia, síndrome pós-BBB, vazio em nossa rotina. Mas esse é outro assunto.
O que eu quero dizer é que o BBB encontra-se num impasse. Conforme os anos foram passando os jogadores foram ficando a cada dia mais espertos. Foram entendendo o gosto popular e tentaram se enquadrar nesse gosto para tentar ganhar o jogo. Principalmente foram ficando com medo de terem suas imagens destruídas pela fama de vilão. Aí tivemos edições horríveis como o BBB6 e o BBB8, que foram em minha opinião as piores edições do Big Brother. Na sexta edição não se salvou ninguém. Depois que os tipos mais polêmicos foram eliminados, o programa ficou sem rumo e sem história. Dandan, Juliana, Saullo e Roberta Brasil foram os primeiros a caírem fora deixando a edição sem sal e sem pimenta. A oitava edição só foi salva pela polêmica presença de Marcelo Arantes. Os demais eram de uma cretinice de fazer vergonha.
Com jogadores medrosos, as intervenções da produção se fizeram necessárias para criar clima de tensão e quebrar a resistência dos confinados. Criou-se, então, o Big Fone, a divisão em duas casas, a Casa de Vidro, a ressurreição de ex-BBB´s, a volta dos eliminados. Enfim coisas que deram certo e outras que nem tanto. Mas todas foram louváveis intenções da produção de garantir a diversão. Todas essas medidas foram dando ao BBB o caráter de jogo e cada vez menos a noção de realidade. E daí, em minha opinião, está o impasse. O grande público gosta de novela, o BBB para garantir sua sobrevivência transformou-se cada vez mais num jogo. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
O BBB11 pode não ter sido a edição mais celebrada, mas foi uma edição que nos deixou alguns alentos. Talvez o excesso de intervenções tenha se tornado negativa ou, como disse o Bial, o excesso de personagens tenha confundido o público. Mas, é inegável que o grupo foi à luta. Nem sempre ganhando, mas foram à luta. Não tiveram medo de se jogar. Nem todos, mas quem garantiu o show deixou esta lição. Maria deixou esta lição, por isso sua vitória foi tão importante. A torcida do Rodrigão reclama, mas se o belo tivesse levado esse prêmio a sinalização para os jogadores futuros seria péssima. Ou seja, fique calado, seja bonito, penteie o cabelo que isso basta para ser um campeão.
Enfim, o desafio está lançado. O BBB12 será importantíssimo para determinar se a curva descendente de audiência do Big Brother foi mero acaso e não tendência. Nunca a escolha de um elenco foi tão crucial. É preciso apostar menos nos bonitões sarados e nas boazudas estonteantes? Não sei. Tenho uma amiga cujo filho mora em Londres e curte reality show. Outro dia ela comentava comigo que ele disse que na Europa tentaram um reality show com tipos comuns e que esse elenco não tinha dado certo. Portanto, qual é o caminho?
Talvez garimpar entre tanta gente bonita e interessante quem tenha personalidade forte e marcante. Talvez seja uma volta a tipos mais regionalistas, talvez... Well, well, well... A Rede Globo tem uma bateria de profissionais para pensar isso. É tarefa deles apontar ou não as soluções. Eu só espero que elas sejam encontradas, pois o Big Brother Brasil é um reality show imbatível de bom. Não tem nenhuma fórmula que se aproxime ao apelo que o BBB provoca no público. O desafio para a emissora é inverter a curva descendente do grande show da vida. Que venha o BBB12!


Diogo: Aos costumes! 
Diogo, darling, carentes são as mulheres que viram suas atitudes no jogo, ouviram você dizer que toda mulher não prestava e ainda assim te aplaudiram e adoraram tudo que você dizia. Carente é quem acha o máximo o seu desprezo pelas mulheres. Você escutou o discurso do Bial? Ou melhor, captou a idéia? Vou te explicar. Um dos temas debatidos nesta edição do BBB foi a misoginia. Vou soletrar: M-I-S-O-G-I-N-I-A. Ou seja, aversão ao feminino. Foi isso que vocês mostraram no jogo do BBB11.
Foi por isso que vocês perderam o jogo. E Maria ganhou. Para você que até agora não consegue entender a vitória de Maria. Afinal, como pode uma "mulherzinha" como Maria ter ganhado e você não, eu vou te explicar. Maria começou a crescer no jogo quando Maumau foi eliminado. Fez uma curva descendente quando ele voltou e cresceu novamente depois que o público não apenas eliminou o Maumau, mas o rejeitou. Para sua informação os beijos no Wesley foram meros bônus à vitória de Maria. Afinal de contas nem só de riso vive o circo. Simples assim.
Do decarapralua.zip.net

Um comentário:

  1. Natty m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a! Sempre antenada, adoro ler o q vc posta ! Como já disse : - BBB12 te espera ! bjoks!!!

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