Tony Goes: A implosão de Diogo
TONY GOES
COLUNISTA DA FOLHA
Diogo não se inscreveu para participar do "BBB 11". O dançarino de axé foi convidado diretamente pela produção do programa. Provavelmente algum olheiro o viu esbanjando carisma e simpatia num palco da Bahia e achou que ele renderia um ótimo "brother".
Antes de prosseguir, gostaria de abrir parênteses. Acho uma graça enorme quando as pessoas reclamam que algum habitante da casa "furou" o processo seletivo habitual. Alguém que não precisou enviar um vídeo auto-humilhante e teve a chance de se tornar famoso caída dos céus. "Marmelada", gritam os insatisfeitos, como se o "Big Brother" fosse um concurso público. Não é: é um programa de TV, e os responsáveis por ele têm a obrigação de fazer o melhor programa possível. Não a de dar oportunidades iguais a todos os milhões de aspirantes a celebridade espalhados pelo Brasil. Fecha parênteses.
De volta ao Diogo: nos primeiros dias, até que o baiano vinha cumprindo bem a sua missão. Era um dos mais alegres da casa. Ensinava coreografias para as meninas, se insinuava para elas, cativava o público com sua gagueira. "Esse cara vai ganhar", pensei. Com esse jeito meio sonso, essa malemolência toda, o prêmio está no papo.
Mas Diogo não se mostrou um jogador hábil. Criou inimigos à toa, em situações facilmente contornáveis. Sua briga com a quase-namorada Michelly durante a festa do vampiro, no sábado à noite, foi simplesmente chocante. A moça se descontrolou e cobriu-o de palavrões, e ele reagiu com cara de "ah é, é"?
Mas o ponto de inflexão de sua trajetória foi mesmo o papel de sabotador. Diogo literalmente perdeu o rebolado. Não cumpriu a tarefa, deixou de ganhar 10 mil reais e gerou suspeitas entre os colegas.
Ontem foi eleito o "menos confiável" de todos, com 4 votos (inclusive o da semi-ex Michelly). O bailarino já estava cabisbaixo com a proximidade do paredão de hoje à noite: esta "vitória" enviesada foi demais para sua auto-estima.
Diogo desabou. Levou tudo para o lado pessoal, como aliás fazem quase todos os candidatos. Ficou magoadinho. E o espectador viu seu último fiapo de charme esvair-se no ar.
Quando teve a chance de mandar alguém para o temido "Lado B", por um segundo achei que ele teria um momento de grandeza. Que iria indicar a si mesmo: um gesto altruísta que poderia aumentar a simpatia do público. Mas não, Diogo não resistiu. Foi mesquinho e despachou Paula, sua nova inimiga nº 1, para o desconforto.
Hoje os fãs do programa estão em polvorosa, organizando torcidas pró e contra. O anódino Mau-Mau não provoca reações tão apaixonadas. Mesmo assim, o resultado de logo mais é imprevisível: a votação está apertadíssima até agora.
Pessoalmente, espero que Diogo fique. Bem ou mal, ele é o mais interessante dos "emparedados" de hoje. Além do mais, o "BBB" sempre precisa de personagens polêmicos. Mesmo que estes não saiam exatamente como desejava a produção.
Do folha.uol.com.br
TONY GOES
COLUNISTA DA FOLHA
Diogo não se inscreveu para participar do "BBB 11". O dançarino de axé foi convidado diretamente pela produção do programa. Provavelmente algum olheiro o viu esbanjando carisma e simpatia num palco da Bahia e achou que ele renderia um ótimo "brother".
Antes de prosseguir, gostaria de abrir parênteses. Acho uma graça enorme quando as pessoas reclamam que algum habitante da casa "furou" o processo seletivo habitual. Alguém que não precisou enviar um vídeo auto-humilhante e teve a chance de se tornar famoso caída dos céus. "Marmelada", gritam os insatisfeitos, como se o "Big Brother" fosse um concurso público. Não é: é um programa de TV, e os responsáveis por ele têm a obrigação de fazer o melhor programa possível. Não a de dar oportunidades iguais a todos os milhões de aspirantes a celebridade espalhados pelo Brasil. Fecha parênteses.
De volta ao Diogo: nos primeiros dias, até que o baiano vinha cumprindo bem a sua missão. Era um dos mais alegres da casa. Ensinava coreografias para as meninas, se insinuava para elas, cativava o público com sua gagueira. "Esse cara vai ganhar", pensei. Com esse jeito meio sonso, essa malemolência toda, o prêmio está no papo.
Fred Rozário/Divulgação/TV Globo | ||
Diogo, que está no paredão e pode deixar o "BBB11" nesta terça-feira |
Mas o ponto de inflexão de sua trajetória foi mesmo o papel de sabotador. Diogo literalmente perdeu o rebolado. Não cumpriu a tarefa, deixou de ganhar 10 mil reais e gerou suspeitas entre os colegas.
Ontem foi eleito o "menos confiável" de todos, com 4 votos (inclusive o da semi-ex Michelly). O bailarino já estava cabisbaixo com a proximidade do paredão de hoje à noite: esta "vitória" enviesada foi demais para sua auto-estima.
Diogo desabou. Levou tudo para o lado pessoal, como aliás fazem quase todos os candidatos. Ficou magoadinho. E o espectador viu seu último fiapo de charme esvair-se no ar.
Quando teve a chance de mandar alguém para o temido "Lado B", por um segundo achei que ele teria um momento de grandeza. Que iria indicar a si mesmo: um gesto altruísta que poderia aumentar a simpatia do público. Mas não, Diogo não resistiu. Foi mesquinho e despachou Paula, sua nova inimiga nº 1, para o desconforto.
Hoje os fãs do programa estão em polvorosa, organizando torcidas pró e contra. O anódino Mau-Mau não provoca reações tão apaixonadas. Mesmo assim, o resultado de logo mais é imprevisível: a votação está apertadíssima até agora.
Pessoalmente, espero que Diogo fique. Bem ou mal, ele é o mais interessante dos "emparedados" de hoje. Além do mais, o "BBB" sempre precisa de personagens polêmicos. Mesmo que estes não saiam exatamente como desejava a produção.
Do folha.uol.com.br
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